Mitã kambyryru jere – notas sobre uma doença de infância entre os Kaiowá e Guarani
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v0i16.187Resumo
Desde que comecei a visitar Te’yikue, a Terra Indígena Caarapó1, em 2004, a fim de conhecer um pouco a realidade associada à desnutrição nas crianças guarani, soube da existência dessa enfermidade conhecida como “coaio virado”. Logo de início tive oportunidade de visitar, em companhia de agentes indígenas de saúde, algumas casas em que havia crianças com baixo peso, para conversar com as mães sobre o que poderia estar causando o emagrecimento das crianças. Sistematicamente, elas se referiram ao coaio virado ou coaiado virado – kambyryrujere em guarani – e explicaram que esse tipo de doença não pode ser tratado pelos médicos, que não conseguem diagnosticá-la. Quando a criança adoece, as mães buscam benzedores ou rezadores, atividade xamanística desempenhada por mulheres e homens kaiowá e guarani, pois apenas eles conhecem a forma de “arrumar” o coaio virado. A partir de então, acompanhei alguns casos e recolhi outras informações sobre esse problema de saúde, basicamente com as mulheres, quando a ocasião propiciou o assunto.Downloads
Publicado
2014-11-25
Como Citar
Silveira, N. H. (2014). Mitã kambyryru jere – notas sobre uma doença de infância entre os Kaiowá e Guarani. Tellus, (16), 209–214. https://doi.org/10.20435/tellus.v0i16.187
Edição
Seção
Documentos
Licença
Todos os artigos publicados na Revista Tellus estão disponíveis online e para livre acesso dos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento pela mesma. Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.