Entre a pandemia e os pandemônios – estratégias indígenas para barrar a “boiada passando” no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/tellus.v23i51.881

Palavras-chave:

pandemia da COVID-19, estratégias indígenas, políticas anti-indígenas

Resumo

A presente pesquisa visa discorrer sobre como a pandemia da COVID-19 e as políticas desenvolvidas no governo Bolsonaro para os povos indígenas, de 2020 a 2022, foram enfrentadas por esses coletivos, com destaque para as práticas empreendidas pelos povos indígenas no Ceará. Para tanto, realizamos pesquisa em processos judiciais e administrativos, na legislação aprovada e que tramita no Congresso Nacional, além de consulta a notícias de jornais de ampla circulação. Tais dados foram complementados com entrevistas realizadas com lideranças indígenas do Ceará e com informações divulgadas pelas organizações indígenas de âmbito nacional e estadual. Mesmo no contexto da pandemia, o governo federal continuou pondo em marcha a política como “uma forma de guerra” (MBEMBE, 2016) contra os povos indígenas, havendo um conjunto de ações do Executivo federal em ampla aliança com o agronegócio, o ultraneoliberalismo, e com pautas ideológicas que consideram os indígenas atrasados e incapazes. Toda essa concertação de interesses configurou um projeto articulado de poder e de país, em que não havia espaço para os povos, seus modos de vida e para os seus apoiadores. Apesar disso, na situação limite entre a vida e o adoecimento e a morte, os povos indígenas promoveram ações coletivas que, inclusive, passaram a tensionar os poderes instituídos, transformando o luto em luta.

Biografia do Autor

Luciana Nogueira Nóbrega, Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, Ceará, Brasil.

Doutora em Sociologia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), com bolsa do CNPq. Mestre e graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisadora nas áreas de direitos dos povos indígenas, conflitos socioambientais, direitos humanos e direitos socioambientais, feminismos e movimentos de mulheres, democracia e América Latina. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisas Étnicas e o Observatório de Direitos Indígenas da UFC.

Anna Erika Ferreira Lima, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE)

Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFC). Licenciatura e  Bacharelado em Geografia pela UFC. Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). Coordenadora do Programa de Doutorado Interinstitucional em Geografia (UFC/IFCE). Foi Chefe do Departamento de Extensão Social e Cultural (DESC-PROEXT/IFCE), desenvolvendo pesquisas na área de Geografia Humana, Relações Étnico-Raciais, Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Soberania Alimentar. 

Lia Pinheiro Barbosa, Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, Ceará, Brasil.

Doutora em Estudos Latino-Americanos pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Graduada em Ciências Sociais pela UFC. Professora Adjunta I da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS), no Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino (MAIE) e na Faculdade de Educação de Crateús (FAEC). Pesquisadora do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO). Investiga as seguintes temáticas: Pensamento Crítico Latino-Americano, Movimentos Sociais Campesinos e Indígenas, Educação do Campo, Feminismos Latino-Americanos, Epistemologias. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2. 

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Publicado

2023-11-17

Como Citar

Nogueira Nóbrega, L., Lima, A. E. F., & Barbosa, L. P. (2023). Entre a pandemia e os pandemônios – estratégias indígenas para barrar a “boiada passando” no Brasil. Tellus, 23(51), 57–97. https://doi.org/10.20435/tellus.v23i51.881