Vetores porã e vai na cosmopolítica Guarani

Autores/as

  • Valéria Macedo

DOI:

https://doi.org/10.20435/tellus.v0i21.241

Resumen

Este texto se volta para articulações entre chefia e xamanismo na cosmopolítica guarani, particularmente na conjuntura contemporânea de adensamento de relações institucionalizadas com os não-indígenas. Seu ponto de partida são contrastes enunciados pelos Guarani Mbya e Nhandéva nas regiões Sul e Sudeste do país, entre as posições de tamõi (avôs e xamãs) e xondáro (auxiliares, guerreiros,guardiões ou mensageiros). A serviço do tamõi, modalidades de xondáro podem incorporar forças ligadas à animalidade ou restritas ao plano terrestre. Por sua vez, aos tamõi cabem “excorporá-las”, extraindo-as dos corpos por meio de capacidades xamânicas vinculadas a domínios celestes. Oposições complementares associadas a ambas posições remetem a vetores ou princípios agentivos classificados como vai(“feio, ruim”, vinculado à predação e à perecibilidade) e porã (“belo,bom”, vinculado ao que é incorruptível e imperecível) atuantes em diferentes escalas da socialidade guarani.

Publicado

2014-11-28

Cómo citar

Macedo, V. (2014). Vetores porã e vai na cosmopolítica Guarani. Tellus, (21), 22–52. https://doi.org/10.20435/tellus.v0i21.241