Da Dimensão Terapêutica da Atividade Xamânica
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v18i35.473Palavras-chave:
antropologia da saúde, etnomedicina, índios sul-americanos, intermedicalidade, narrativas.Resumo
O objeto de investigação são os tratamentos xamânicos presentes nas narrativas de Palikur, Galibi Maworno e Karipuna que habitam a Terra Indígena Uaçá. A problemática é responder à seguinte indagação: qual o escopo da terapêutica na atividade xamânica? A premissa é a de que tratar problemas de saúde implica reordenar e reequilibrar relações sociocosmológicas que envolvem domínios humanos e não humanos, seres humanos e sobrenaturais. Nesse sentido, saúde e doença relacionam-se com questões mais amplas do que apenas manifestações biofísicas no corpo. O objetivo geral do artigo é analisar o papel do xamã sem reduzi-lo a mero curador. Do ponto de vista metodológico, o uso das narrativas se justifica por expressarem a lógica da experiência, trazendo consigo os princípios de construção, ordenação e significação dos eventos. A premissa foi confirmada, ou seja: a dimensão terapêutica da atividade xamânica não se restringe aos aspectos biofísicos da experiência da doença.Referências
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