Experiências com línguas e linguagens em licenciaturas indígenas do Brasil e da Colômbia
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v22i47.809Palavras-chave:
licenciaturas indígenas, línguas, linguagens, arteResumo
Este artigo aborda experiências desenvolvidas por licenciaturas indígenas para trabalhar diferentes línguas e linguagens, a partir de uma pesquisa de doutorado sobre potenciais e desafios de licenciaturas indígenas da América Latina. O recorte específico deste trabalho abrange as potencialidades referentes à atuação com línguas e linguagens em quatro programas do Brasil e um da Colômbia. O texto apresenta situações e expressões que mostram as abordagens pedagógicas utilizadas, em diálogo com outros autores, desenvolvendo os seguintes aspectos: papel cosmológico das línguas e linguagens, relação com símbolos e rituais, conexão com território, uso de diversas linguagens artísticas, formação de indígenas pesquisadores/as de suas línguas, produção de materiais bilíngues e elaborações sobre alfabetização indígena. A arte se manifesta nesses programas em perspectivas complexas, interdisciplinares, interculturais e descolonizadoras, constituindo trabalhos de revitalização e valorização cultural, fortalecimento de identidades, conexão espiritual, expressão e contestação política, potencializando ligações entre áreas de conhecimento. A construção de ideias sobre alfabetização indígena bilíngue e multilíngue se destaca como dimensão fundamental, no sentido de uma visão interdisciplinar e intercultural, envolvendo integração entre oralidade, escrita e outras modalidades de expressão; valorização da família, comunidade e território; amparo afetivo e respeito ao mundo da criança, de modo conectado ao contexto cotidiano coletivo e de relação com a natureza.
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